terça-feira, 23 de setembro de 2014

sobre ver, sentir e escrever

Vi uma foto, senti uma coisa e falta dela, deu vontade de escrever. Li o que estava escrito também. Achei saudoso. Senti saudades. Quis o antes.

“I will remember your small room, the feel of you, the light in the window, your records, your books, our morning coffee, our noons, our nights, our bodies spilled together, sleeping, the tiny flowing currents, immediate and forever. Your leg, my leg, your arm, my arm, your smile and the warmth of you who made me laugh again.”


de longe, até que nos parece agora.

Meu pai acabou de falar de você, inclusive. Ri meio sem graça, só pela graça. Ele nem sabia o que eu escrevia, e pra variar, ele nem sabe que eu escrevo.
E foi atrás de momentos perdidos e recordações saudosas, que fui procurar em fotos momentos bons vividos por outros e foi por isso que montei um álbum deles. Momentos do que eu esperava viver, muitas vezes com você, e hoje temo que eles aconteçam, mas também que não aconteçam. O nosso toque não parece o mesmo.

Passei a odiar casais com a mesma velocidade e voracidade com a qual eu lia e buscava estudar sobre amor romântico, sorrio menos ao ver crianças e gestantes, infelizmente sabemos porquê. Estou com receio de fazer pediatria. Descobri o porque odiei sempre romantizar relações e mexer com o futuro. Foi bom até onde sabemos, mesmo com os pormenores de antes. 

Estava indo pro cursinho semana passada, quando passei mal. Já tinha pego o metrô em Irajá e resolvi parar no Nova América. Estava quente e eu estava com febre. Precisei sair pra comprar água, mas resolvi passar no Starbucks pra gelar o céu da boca com um frappuccino. Também quis me lembrar de você. Recostei-me no mesmo sofá que estávamos até a minha pressão ficar ok e lembrei do casal de estudantes que vi no metrô de Irajá. Até que os olhei com afeto, mas no fundo tinha um resquício de inveja e muita compaixão, e também um cadinho de raiva porque tinha lugar melhor pra eles se pegarem do que no meio do caminho de uma pessoa atrasada. Demorei um pouco pra retornar ao metrô e chegando em Irajá, pra minha surpresa, eles ainda estavam lá. Pareciam ter todo o tempo do mundo. Senti saudade do meu pouco tempo com você entrecortado de afazeres, códigos seus e estudos meus. Perdi umas horas de estudo, ganhei até uma reprovação, mas a minha concessão de tempo me fez ganhar bons momentos com você. Você também cedera, mas se via obrigado a tanto, que esquecia de ceder vez em quando. Eu relevei o quanto pude, mas quando eu não podia ceder você sentia. Quando eu não correspondia, você sentia. E eu só relevei, quando você não podia. E você fez o que eu não merecia, sabe-se lá Deus porquê. Vez em quando um mosquitinho da lembrança vem cá e me pica, e você sabe bem que eu tenho alergia a insetos e incho. Me sinto diminuta. Corpo, alma, mente, coração. 




Minha mãe estava falando sobre partos comigo e disse que eu certamente teria um humanizado. Concordei com ela. Ela disse que eu teria de ter um bom marido para que isso ocorresse também. Por um instante, pensei: Eu tinha. 
Na verdade, eu nunca tive. Eu tinha você e a projeção do que você podia ser/fazer por nós e futuramente pensava em nós como uma família. Por pouco, quase foi antes do esperado. E agora, acho que não duraríamos muito como família. Sua vontade de experimentar o novo nos comeria, você se entristeceria, e eu não aguentaria suas loucuras desprendidas agora. Eu seria uma mãe despreparada, sem a calma que eu precisaria e viso precisar futuramente, teria os sonhos um pouco devorados e entraria em pânico. Ou poderia ser tudo muito diferente do que eu penso. Foi tudo tão corrido e devastador, que hoje mais parece um pesadelo que durou semanas. Queria que tivesse sido isso. Desculpa pela mordida que recebi hoje.

Acabo de descobrir que textos como esse me fazem não desacreditar no amor. E a cada texto de meses/ano de namoro, de parabéns, de fotos em redes sociais de casais e etc, meu coração se quebra um pouco mais por saudade de nós, aquece e esfria. Queria tanto desejar e comemorar 1 ano, por cada momento doce e amargo. Como você disse, era tudo tão perfeitinho.

"Eu não quero precisar de você, porque não posso ter você."



Me despeço do texto com o carinho e a felicidade alheia. Ambos casais ''separados'' pelo CsF. O amor do primeiro é admirado por muitos, inclusive por mim, o do segundo eu não sei. Não conheci a história, mas fiquei admirada com a mensagem essa noite. O terceiro é sobre o relacionamento de uma amiga.


"Ela: 'feche os olhos e guarde esse beijo pelos próximos 6 meses'

....

Ele: 'eu guardo todos os beijos que você já me deu nesses 3 anos' 

Amo você."

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"A saudade nunca foi maior! A cada dia que passa que passa o coração aperta mais, a vontade de estar junto vem com tudo...mas sabemos que ia ser dessa forma, e daqui a pouco estaremos juntos! Apesar das dificuldades de todo o relacionamento, sei que nosso amor não se encontra em qualquer esquina e me orgulho demais de termos conseguido construir e chegar onde chegamos! Obrigado por existir meu amor...obrigado por me fazer feliz demais! Obrigado por esses 5 meses maravilhosos! Não se preocupa que Dezembro esta logo ali meu amor! Te amo minha bochechuda!"

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"Existem pessoas raras, difíceis de se encontrar. Elas são lindas por fora, mas principalmente por dentro. São feitas de carinho e recheio de verdade. Costumam chegar de mansinho e te conquistam dia-a-dia. Conquistam com verdades e muito amor. Elas não têm medo de competição. Valorizam qualidades e não defeitos. Querem te ver crescer. Querem te ver feliz. Querem te ver sorrir. Estão sempre por perto , não te deixam só, mesmo quando você não percebe, estão cuidando de você". Se você teve a sorte, como eu tive, de encontrar uma dessas pessoas, não se esqueça de dizer obrigada por você existir!"

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Ainda aguardo por nós.





E ah, e se não for pra ser, pelo menos vamos ter tentado. E no fundo mesmo, eu só quero que você seja feliz seja lá por onde for, mas saiba que as coisas que eu falo não são por mal, e sim por lhe querer bem demais. Eu posso lhe acalmar com o mesmo sucesso que lhe atormento e puxar a sua orelha pro seu bem. Talvez se não ficarmos juntos, a próxima pessoa a lhe receber possa lhe elogiar por algo que trabalhamos juntos, e daí você vai perceber que nos acrescentamos em algo e que fomos felizes pelo instante que tivemos juntos. E como sempre, obrigada, obrigada e obrigada
Se não pudermos realizar juntos, realize-se. Eu sempre vou estar torcendo por nós, mas antes de tudo, por você.




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