sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Medo

Hoje eu posso te falar que é um daqueles dias que eu tinha medo. Os dias que você saia sozinho e me deixava um aperto ao peito, bem no mediastino médio. Medo que já não posso ter mais. Medo que sempre não gostei de ter. Mas drasticamente eu descobri que meu medo habitava mais em você do que em mim. Meu amor era também o meu maior inimigo. Hoje não é tão diferente. Espero que daqui pra frente possa ser. O meu amor é preso em mim, mas você sempre fora solto. 
Hoje até que me diverti um pouco, fora a sensação escrota de não estar num ambiente que era meu e a chance enorme d'eu ver quem eu não queria. Suas amigas estavam lá. Eu vi quem eu não queria. As músicas de fossa e huezagem deram um alívio a alma que pedia por umas cervejas. Estas que eu bebi, sem mesmo poder. Mal não fizeram, só me deram um soninho que me lembrou que eu queria estar com você. Outras coisas também me lembraram você, como o fato de termos nos encontrado em algumas festas, mais até do que em festas que fomos juntos. Queria que você estivesse lá comigo. Nunca conseguimos ir a uma choppada enquanto casal.
Amanhã eu vou numa festa pra tentar comemorar o aniversário que eu queria fazer com você e que fizemos planos. (Ir numa festa na Casa da Matriz, ir num rodízio de foundue, fora os planos mais pra frente, nossas viagens). Eu não tenho mais saco pra festas e trocaria tudo pra fazer carinho na pele que tem a melhor textura do mundo, a sua, até que você dormisse. Dormiria de conchinha mesmo que sempre reclamasse dessa posição porque o braço fica dormente, mas olha, são formiguinhas de amor. Eram. Me cansei dos lugares cheios de gente vazia. Era você quem completava as festas que eu ia, além dos meus amigos. Eu vou tentar me divertir, prometi a mim, mas aquele lugar ainda me lembra você. Amanhã fariam 11 meses. Ainda bem que onde você vai não tem rastros de mim. Divirta-se. 

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