quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Notação de um amor

"61 dias. Carinho. Amor. Afeto. Companheirismo. Gratidão. Sem você, tudo seria sem graça. Que perpetue pelo tempo que for. Você é maravilhosa!"

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

0 dia

No dia em que eu parar de me importar, não sei se vira título ou vira texto. 
Porque como as boas línguas dizem, a gente só dá valor quando perde.

Titubeando um filme

Não leia. Recorra ao trecho em negrito para saber o motivo da não leitura e vá embora. Eu não asseguro a leitura de tal texto. Intruso, é a sua última oportunidade de não ler, porque depois do ponto...




Meu bem, ontem foi o dia o qual eu mais percebi que não sou pra você. Talvez eu não seja nem pra mim. Eu nunca fingi ser o que você queria, ou talvez uma ou duas vezes para agradar. De resto, sou tudo aquilo que você não parece querer engolir. Sem tipificações. E por ter sempre sido eu, sem dar muito o braço a torcer no momento que eu achei que não o convinha, houve o que houve. Talvez, se eu tivesse me tipificado, ainda seríamos o nós de antes, sem os tantos nós que adquirimos e você teria se segurado, mas foi bom ter continuado sendo eu. 

Eu peço desculpas sempre e andei me culpando demais (na minha cabeça) por coisas que eu nem tenho culpa. Tenho mesmo é que me desculpar por isso. Me faço de forte. Odeio chorar em público. Digo que as coisas estão bem, mesmo quando não estão tão bem assim e quando meus olhos insistem em dizer o contrário. Eu tenho melhorado nisso até. Green promise.

Todas aquelas cenas de ontem me tocaram um pouco. Me senti um pouco como a garota exemplar, obviamente sem aquela patologia toda. Me senti anestesiada, chorei, continuei assistindo. Segurei a tua mão. Ri absurdamente dos absurdos. Continuei sentindo.

Compreendi parte do que aconteceu no final de agosto. Me senti vazia ou esvaziada. Ecoou em minha mente o que eu sempre lhe disse: "Talvez você seja mais feliz com um alguém mais parecido com você" e com a sua tipificação. Isso você nunca entendera, e nem eu entendia muito bem. Clareou com as falas de um diálogo, com um ato triplo e com um filme único.

Eu te vejo hoje infeliz, de certa forma por minha conta e não desejo que isso continue. Tenho medo de como você foge dos problemas, por evitar enfrentá-los e procurar quase sempre a forma mais fácil de passar por cima deles. Tenho medo de como você se diverte quando tem algum problema e como essa diversão tende a acabar. Me esquece. Surge com um "eu" diferente e faz o que deseja, impulso. Faz tudo ou um pouco do que eu desgosto, pelo que vi. Se torna, talvez, a pessoa a qual eu conheci Parece que essa é a sua essência e meu cheiro descombina do seu aí. Tem um bom papo, busca envolver as pessoas, torna o olhar mais incisivo (nunca fizestes isso comigo), fuma, bebe, usa coisas, alopra e centra atenções. O mesmo que sumiu uma vez e me decepcionou outra. Meu medo está nesse meio. O motivo d'eu perguntar quem é você. Já nem sei mais o que escrevo. O fato d'eu ter batido a cabeça forte deve ter ajudado.

Tenho medo de ações, de festas, do dormir fora, dos não avisos, de drogas, bebidas, do trabalho, do estresse, do compartilhar como me sinto com algumas posições suas. Tenho medo pelo antes. Não é que eu faça questão de lembrar. Eu só tenho medo.

Por mais que eu te ame muito, teu riso é solto sem mim e talvez se distanciar de mim seja melhor pra você. O vídeo que eu vi tempos atrás (um pouco depois de lhe ter conhecido) e que eu revi hoje, fala um pouco disso. De um guri que eu conheci e que parecia ser feliz. Mais do que agora. Como você me disse, você também tem medo de ser infeliz. Acho que o medo maior é de estar sendo infeliz e continuar sendo.  Sabe, talvez você se aproxime mais de você dessa forma e encontre tipificações que lhes satisfaçam.

Não sei se notastes a minha cara de espanto e em seguida a minha concordância contigo em frente a outrem. "Ela é seu calmante." É, acho que não mais. Teu gesto e expressão me disseram muito mais que a voz. Eu não soube como agir e meus neurônios-espelho se fizeram presentes. Apenas o imitei. Em seguida desejei não estar ali; sair pra chorar ou só ir embora. Engoli meu orgulho (novamente). Me senti engessada, como se eu te limitasse quando estou ao seu lado, principalmente de um ambiente ao qual eu tenho ciúmes, como você disse. Faça-me o favor. Quis sumir desse ambiente. Me senti mais vulnerável que nunca e nunca prendi tanto o choro.

Voltei àquele meu pensamento sobre você ter um insight que não gosta mais de mim. Acho que esse é mais provável de ocorrer do que o contrário. Ele me conforta mais que os sonhos ruins, ao menos. Estes insistem em me dizer que ocorreram mais coisas do que você teve coragem de me dizer. Combinamos ser sinceros um com o outro, sempre! Espero que sejam só sonhos ruins.

De todo, se você me deixar, só tenho medo do que vai acontecer com o amor que ficar, afinal, fora ele quem me fez ficar. O amor é uma pessoa.

Eu já não sei se lhe ajudo mais. Só lhe critico, só lhe faço mal, só reclamo, só penso em mim, só desconfio e confio desconfiando, só escrevo coisas que machucam, não socializo com seus amigos e me esforço pouco pra isso, não lhe deixo fazer o que queres, vai mal na faculdade por minha culpa, nem se fala a baixa produtividade quando está no trabalho, o estresse, o drama e afins. Não é isso que eu faço e que sou pra você?! Quando eu, você ou alguém lhe fizer acreditar nessas coisas, será mais fácil me trocar e esquecer. Não necessariamente nessa ordem. O que eu sou pra você? Eu não sei mais. Pra mim? Só uma garota exemplar, sem as psicopatias, que tem muitas dúvidas e uma única certeza.

P.s: E pelo medo eu peço, rogo, suplico e afins. Tudo deve ter doído de novo, mas por favor, não (me),(te),(nos) decepcione outra vez. Crescemos com os problemas e não os abstraindo de todo. Ouve mais a sua mãe, não que o que ela fale me beneficie de algo, mas por você. Mães sempre estão certas, você sabe, e a sua te ama demasiadamente e pediu p'reu te cuidar, te entregou. 

Há duas formas de aprendermos sobre determinadas coisas e somos nós quem escolhemos a forma mais fácil ou mais difícil, sem saber qual a melhor. Uma nos faz sentir fundo, mais forte, dói. A outra tende a aliviar. Qual das duas faz o quê? Eu não sei, mas nem sempre a mais fácil é a melhor escolha.




Vida sinuosa à direita

Indica duas ou mais vidas sinuosas iniciando à direita. Esta possui entroncamentos à direita e à esquerda, uma interseção em círculo feita em rota e confluências à direita e esquerda. Há semáforos à frente e estão quebrados, com isso a parada se faz obrigatória à frente.  Atente-se! E prossiga com um silvo breve e cuidado com os declives, aclives e depressões da via. Muito cuidado com o trânsito compartilhado; a altura dos seus sonhos é limitada, bem como o peso destes por eixo. Vez em quando o sentido será duplo e haverá áreas com desmoronamento. Procure um sentido único, cuidado com os animais que encontrará no caminho. Vão existir ruas sem saída e com ventos laterais. Mesmo que se sinta como uma pista dividida, o final é ter sentido único ou ser atropelada por um bonde.


E de novo

deu aquele frio na espinha que só eu sei. Espero que o pulo de aviso e susto, o nervosismo e a insônia não venham acompanhados deste.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sobre o querer

"Cresça e (des)apareça
Descobri que problema não é não querer nada ou querer muito das coisas. O problema é que até pra não querer nada ou querer tudo, a gente precisa de maturidade. Porque quando a gente não quer nada sem maturidade, a gente acaba caindo na irresponsabilidade. Mas quando a gente não quer nada com maturidade, a gente entra no processo do autoconhecimento, do desapego e da libertação. Quando a gente quer tudo sem maturidade, a gente acaba colocando os pés pelas mãos, se tornando instável e como consequência disso desiste fácil de tudo que começa. Mas quando a gente quer tudo com maturidade, a gente entende que há uma vida inteira pela frente pra conseguir o tudo. O fato é que em uma sociedade cada vez mais infantilizada, crescer tornou-se um ato de resistência. Crescer dói, abandonar as garantias absolutas dói, perceber as besteiras que fez e as pessoas que machucou dói... Mas parar no tempo feito um bolo murcho sem fermento, pode doer ainda mais algum dia."
Ribs


domingo, 16 de novembro de 2014

Sobre querer estar em casa

Tudo o que eu mais queria era colo, de mãe. Era estar em casa. Eu me sinto sozinha até acompanhada. Eu busquei um caminho e descobri outro. Eu me canso, não pense você que de forma fácil. Eu passei por aqui meio sozinha e chorosa desde sexta. Deixei o meu trabalho acumulado em casa, longe. Me arrependo de ter estado aqui. Eu preferia ficar sozinha lá. Ter que me ocupar até de maus pensamentos, mas longe. Nunca estive tão longe estando tão perto. Eu só quero apagar, de todas as formas e maneiras. Mente, alma, corpo, coração. Você me esqueceu sozinha. E eu ainda lembro de existir.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Mais uma vez somatizante

Uma imagem, pequena, com alguma mensagem,
rapidamente escondida
Como tudo e grande parte das outras
quando se está comigo
A privacidade é indireta
Mais parece que só a minha pode ser invadida
ao ler minhas mensagens
(Eu não ligo tanto, não tenho nada a esconder,
mas aqui a via deve ser de mão dupla)
Não é nada demais,
depois eu vejo
Nunca é nada demais
Nunca nada pode me magoar
e/ou me fazer lembrar das coisas que passaram
As palavras cortantes
O ato lascante
E eu?
Sim, eu tenho muito o que escrever
mas por enquanto,
Eu, somatizante.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Só vim pra dizer

que olhos pequenos se merecem e vão sempre de encontro ao mesmo entardecer. se comem, se entendem. se mentem. busco outros grandes. cansei-me da falsidade e dissimulação dos pequenos. sempre amei olhos, olhares e sorrisos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Para minha Clara

Meu amor, é completamente estranho lhe escrever isso agora, ainda mais em um momento como esse, mas meu coração pulsará mais forte por você um dia, mesmo que em meu imaginário. É difícil controlar esse instinto maternal que bate cá dentro agora, mas eu não sei se ele vai continuar existindo, por isso eu não sei como escrever. Escrevo pra filha que vou ter um dia ou pro meu imaginário que quis ter uma filha um dia? O amor me machucou, cara mia, talvez você passe por isso um dia, mas saiba que estarei ao seu lado. Já nem sei quais pessoas usar.

Esse texto seria melhor escrito se eu conseguisse imaginar nós três, mas por enquanto, somos eu, você e alguém. Eu ainda não estou pronta para escrevê-lo. Mas eu consigo lhe imaginar, com lágrimas ao canto dos olhos, já nascida e crescendo. Uma menina tão doce e Clara.

Antes das tuas características, as minhas. Eu vou ser uma mãe super protetora, que dá carinho, atenção e que tenta fazer do seu tempo infinito só pra ficar mais pertinho de você. Mesmo quando eu estiver cansada, vou lhe dar toda a atenção do mundo, porque você será uma partezinha do meu coração. E mesmo com muito trabalho, não se pode negar atenção a quem se ama, seria um erro dos grandes, mas nem todo mundo consegue perceber isso. Minha vida termina aonde a sua se finda. Lhe magoar irá dilacerar meu coração, e você irá ficar triste com isso e dirá que a culpa foi minha por x ou y. Eu, com muito aperto, vou fingir que está tudo bem, mesmo quando sei que não está. Eu vou ser chata, mandona, dar broncas, seguir o protocolo de todas as mães do mundo, dizer que é para o seu bem. Vou te amar incondicionalmente e dar a minha vida por você.

Vou fazer de tudo para o nosso parto ser humanizado, pra ter um contato maior com você desde o seu nascimento e te fungar assim que nascer. Ode à oxitocina. Vou falar dela pra você um dia. O que importa agora é que ela nos conectará de uma forma sem igual. Eu vou chorar. Me tornei chorona de um tempo pra cá, só tenho de tomar cuidado pra não te afogar em lágimas, mas não se preocupe, meu amor, serão de felicidade. A mais pura e genuína a qual provarei um dia. E eu quero que tenhamos um super-pai presente, quero fazer do teu nascimento uma vida mais feliz, não um martírio depressivo e enlouquecedor pra nós. Eu quero ser a melhor mãe do mundo pra você.

E depois que você tiver nascido, as coisas vão ser um pouco complicadas, mas a natureza e o amor vão me ensinar como lidar com meu novo presente. Eu vou ficar assustada e com medo por ter uma vida tão singela confinada aos meus cuidados, eu sei. Vou ter planejado cada coisinha para que você esteja comigo numa fase mais tranquila, que eu possa ter relaxado um pouco para lhe receber e também lhe dar atenção contínua pós natal. Não quero me matar de tanto trabalhar e fazer-nos mal. Eu sempre vou pensar em você em primeiro lugar. Meu amor é teu. Desde já.

Clara tem origem no latim Clarus, e significa brilhante, ilustre, clara, luminosa. Gosto de poucos nomes, mas este escolhi pra ser teu. Nosso. Tenho a certeza que incorporará estes adjetivos a minha vida, serás ilustre. Mesmo tão pequena, sei que irei me perder em teus abraços, no seu cheirinho e nos pequenos beijos. Te abraço mentalmente até poder tê-la ao meu ladinho e cuidar-te. Ah, como eu te amo!

Eu vou te amamentar, receber gofadas, te dar banho, carinho, amor, cócegas, servir de apoio pra você andar, morrer de preocupação quando você estiver doente (mesmo sendo médica) - meu maior medo no mundo será te perder, brincar com você, te dar mordidinhas de amor, beijar as bochechas enormes, e fazer mais carinho, ouvir músicas pra te acalmar e também ajudar a formar as suas sinapses, emitir sons esperando os seus, e mais mordidas pelo corpo (gordinho) todo, te contar histórias, ensinar a ler, escrever, repartir, ajudar, dar bom dia, boa tarde, boa noite seja lá pra quem for, não ser rude, ajudar os velhinhos, não sentar no banco amarelo, amar a natureza e eu prometo que vou tentar responder todas as suas perguntas na época dos porquês. Tenho tanta coisa a acrescentar por aqui, mas isso eu vejo se faço com o tempo. Farei mesmo. Será o meu maior post. Acho que serei uma boa mãe. Pode brigar comigo se eu não for.

Minha Clara, eu te amo.

Sem fotos hoje.



O que eu precisava deixar por aqui hoje...


Você não sabe se ela é a mulher da sua vida?
E daqui eu invejo alguns comentários: https://www.facebook.com/blogthebrocode/posts/587880137982759



Cambalafoice

pergunto-me o que falas 
sobre e de mim
pra tanta gente
no meio dessa confusão
se já não estamos tão bem
e aquilo não foi nada
e um dia, o nada fui eu
espero que tenhas um pingo 
de consideração
pelo eu que te afaga,
mesmo sem forças
em toda a projeção
o eu
que também precisa de atenção
conversa! 
cuidado!
com as suas palavras
o poder que elas causam
nessa tua distração
depois, não adianta
dizer que não foi nada
que era só palhaçada
condizente com a situação
cansei de ser
fumante passiva
encortinada pela sua
fumaça de atenção
que clama por um 
olhar outro,
tesão mútuo
pra manter 
um relacionamento paralelo
só pra mudar de estação
- mas meu bem,
problemas a gente não
segura assim, não!



a imagem é só figura, de uma das cambalafoices que se passaram.
que não dê corda, nem se faça presente
porque ainda nem tem cara de passado
fora um dos demônios, já descritos, que me assustaram
se faz onipresente
no meu passado consciente

O pequeno príncipe

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."


Essa frase eu ouço desde pequena, mas de fato não a compreendia. Era pequena demais. Engatinhava na leitura. Li "O pequeno príncipe" enquanto brincava de juntar letras, ainda no colégio primário, na época a qual me interessava muito mais pelas aquarelas de Exupéry

Aos 13 anos ganhei um exemplar, que continha uma dedicatória, a qual desejava bons proveitos com a leitura. O tive, mas não o suficiente para compreender aquela história. Li com a razão. 
Três anos depois, apresentei a história em forma de peça pro colégio inteiro, por conta da professora de literatura. Tive de reler o livro, adaptar as falas, sentir o texto. Todos nos aplaudiram de pé no auditório. Mas ainda assim, ainda havia razão. 

Nesse meio tempo carreguei frases de destaque do livro na cabeça. Vez em quando vinha uma ou outra pra reflexão e mais uma vez era tudo na base da razão. Sempre mastiguei meus pensamentos até conseguir digeri-los. Pensamentos são grandes cadeias de proteínas que devem ser quebradas em aa para servirem de alimentos ao corpo. Engolir coisas não é algo muito eficiente para o processo de digestão.

Quando tenho problemas que alteram o meu estado como ser humano de forma psíquica, química e física, busco mastigá-los, assim como faço com a comida, só que na forma de pensamentos. Os problemas da mente-coração se transduzem fisicamente pra me alertarem que estão ali. Em episódios assim, busco uma leitura confortante e esclarecedora, por mais que tudo esteja desalinhado, enquanto a leitura, interpretação e escrita, ainda gosto de fazer essas coisas. É como uma válvula de escape ou os hormônios de fome e saciedade. Um olá para a leptina e a grelina, e o go/no show dançante no meu metabolismo. Se eu fosse falar de neuro ao invés de gastro, as coisas seriam muito piores.

Voltei-me a leituras. Neurociência comportamental, psicologia, antropologia biológica... (posso recitar os títulos depois. Tentei até "Ensaios de amor", do Botton, mas temo nunca mais conseguir pegar neste livro. Ele contou a minha história antes mesmo dela acontecer. Queria mesmo que ela morresse com esse livro, e não com o que eu tento escrever. Sempre tive medo de fantasmas do gênero. A minha cabeça parece mais com um thriller ou com a lista de detective books do goodreads. "- Há tempos não falo com ela." Já ouvi tal frase antes e sempre viera acompanhada de risos de deboche. Toda essa desconfiança baseada em conversas e atos passados, na não percepção que faz mal, me incomodam. Na verdade, me entristecem. Parei com neuro. Já com a neura... não depende só de mim. Tudo é relativo, inclusive a percepção de tempo e de contextos. Eu não duvido de mais nada. Quando aperta de um lado, recorres a outro. Nesse ponto, eu não acredito em você.

E eis que as frases de destaque me deram umas cutucadas e eu cedi a leitura novamente do livro. Dessa vez meu estado era totalmente diferente. Atento, ressabiado, um cado triste, desmotivado e etc. Bem diferente da moleca que aprendera a ler e que odiava meninos, línguas contorcidas em beijos, e já demonstrava pavor de relacionamentos. Bem, acho que essa última característica nunca saiu de mim, mas voltara a ser forte. Crianças sempre têm razão ou quase sempre. 

A frase que me cutucou com mais força fora a do início do texto. E por que esta agora tem outro significado? Antes era uma das que passavam despercebidas ou que faziam parte da coleção das que eu não compreendia lá muito bem. Então, não é muito difícil de interpretar isso. Eu cativei alguém e alguém me cativou, corpo-alma-mente-coração, e por isso sempre me senti responsável por isso. Com isso veio o respeito, a admiração, a compaixão, a vontade em continuar, de fazer o bem, o dengo... o amor. Mas diferente das demais leituras, as quais sempre usei a razão, essa eu só compreendi por ter usado o coração, mesmo que não tenha usado-o muito bem (é que ele ficou meio caído).

E no mais, as pessoas deveriam ser mais atentas ao significado das pessoas que passam em suas vidas, nos momentos, nas consequências das coisas, na possibilidade de se perder tudo pelo nada, na impulsividade citada no texto anterior. Deve-se estar atento a jiboias que engolem elefantes, mas fazem sombra de chapéu; em principezinhos; caixas; carneiros; asteróides; aviadores; rosas; raposas; serpentes; reis; bêbados; homens de negócios; acendedores de lampião; geógrafos; astrônomos e vaidosos. Talvez algumas não estejam preparadas para ler esse livro, como eu não estava e ainda não sei se estou, mas talvez um dia estarão. Talvez um dia lembre-se da frase da raposa de forma própria, sem precisar de beliscões e uma voz mais exaltada. Talvez um dia eu possa parar de dizer que sabia que você não se lembrava de tê-lo feito, mesmo eu repetindo tantas vezes. No dia em que isso acontecer, eu vou me orgulhar. Ou talvez você tenha que vir aqui, se formos estranhos, para um dia lembrar.

[...]
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és
responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
[...]

É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.

Eu poderia escrever tão mais... mas hoje, eu só recomendo a leitura de tal livro. 

Mas lembrem-se: Só se for com o coração. 

"Perseverance is not a long race; it is many short races one after the other." -Charles W. Eliot

Investigação de funções executivas

Eu queria um título, pensei em vários, mas até que o que ficou faz sentido. A LAP me serve pra muita coisa. Medicina deverá me ajudar na adversidade, talvez tudo tivesse ido por outro caminho se eu a tivesse. Talvez não precisasse sujeitar o meu emocional a determinadas coisas.
Ontem me detive mais aos estudos de caso e exemplos, a teoria fora menor. Se quiserem saber mais sobre, procurem algum artigo de funções executivas do Dr. Paulo Mattos. Acha-se fácil.

Disfunção executiva
Controle inibitório
Impulsividade
Projeção de vida
Emoção perturba a capacidade de decisão
Controle de escolhas pela razão e não pela emoção
Exemplos (fui engolida por um)
Perfil
Lesão frontal
Depressão
Apatia
Distúrbio de impulso
Mudança de comportamento

Pessoas com disfunções executivas, as quais geralmente estão ligadas a parte cortical do cérebro, bem como lesões na região frontal, muitas vezes...

Problemas de retorno. As pessoas fazem determinadas coisas sem pensar em suas consequências e projeções de vida futura. Exemplo de traição e algum outro que eu não prestei atenção.

Cochilei.

E no final, ele disse: [...] e as mulheres ainda acreditam que os homens vão mudar.