segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tiê: Doce passarinho


Lendo um post no blog SuperSonico descobri a Tiê, uma cantora paulistana com nome de passarinho, que "voava" bastante pelas noites Paulistanas.
Em 2007, a cantora lançou um um E.P, mas foi em Março de 2009 que Tiê lançou seu primeiro CD "Sweet Jardim", aos 28 anos.
Tiê tem um estilo próprio, dizem "auto-biográfico" e uma pegada folk, da qual eu gosto muito. Todas as letras são muito originais e transcendem uma calma que só ouvindo-a para saber, parece que a voz de Tiê nos seduz a cada arranjo musical. Eu me apaixonei pelas misturinhas francesas da Tiê, mas em seu repertório também aparecem algumas em inglês. É uma "salada musical" muito bem preparada, fora os clips de um ótimo gosto que podem ser vistos no canal da cantora no youtube. Tiê é uma promessa para a música brasileira.


(Tiê e.p.1 - 2007)

01. A Bailarina e O Astronauta
02. Gold Fish
03. Le pont
04. Passarinho



(Sweet Jardim - 2009)

01. Assinado Eu
02. Dois
03. 5 Andar
04. Passarinho
05. Aula de frances
06. Cha Verde
07. Te Valorizo
08. Stranger But Mine
09. A Bailarina E O Astronauta
10. Sweet Jardim


Sintam-se seduzidos por um dos clipes que eu mais gosto da Tiê: Aula de Francês. É uma misturinha muito "gostosa" de se ouvir.







(Tiê)

Aqui vocês vão poder encontrar um pouco mais do trabalho desta mulher com nome e voz de passarinho, e sinceramente espero que gostem.
A Tiê também tem twitter, então follow na @tiemusica.


Por: Anne Caroline

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

I gave up on struggling

Não tenho artimanhas para continuar a lidar com você.
Suas palavras inconscientes me trouxeram graves ferimentos de guerra, e mesmo que eu seja velha em combates, não sei curá-los. Expostos sem nenhum tipo de tratamento doem cada vez mais, e já não tenho curativos.
Eu não estava disposta a parar, mas o sofrimento fora contínuo e não quero continuar com isso.
Essa guerra é comigo mesma. Você nem sabe que está envolvida nela, e me leva ao chão do mesmo modo.
A ferida piora progressivamente, e pode tornar-se irreversível se eu não me reerguer.
O tiro do adversário é sempre preciso, e quase sempre nos faz esmorecer.
Eu já não quero esse fim.
Depois de ressuscitar algumas vezes, percebi que há algo melhor: a vida. Parece algo bem clichê, não?! Sim, eu sei que é. Sofrer faz parte deste turbilhão, mas já não dá mais para conviver com a dor que sempre me escolhe. É como se eu fosse sempre o alvo.
Nesta batalha de um, esta mera individua se declara perdedora, hasteia uma bandeira branca imaginária, e mais uma vez mente para si e dizendo que essa é a melhor solução.
Desculpe-me por ao menos não tentar.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

arthur

Eu não sei o que aconteceu entre nós.
Parece que precisamos ficar um tempo a sós.
A sós com nós mesmos.
Surgiu um silêncio contínuo.
Surgiu o medo de te perder.
Talvez tudo tenha caído na rotina, mas até agora eu ainda não consegui entender tamanha distância que nos escolheu recentemente.
Eu pensava que a culpa fosse minha por "sei lá o que", até porque você não me buscava mais e eu tinha medo disso, mas nem você sabia o porquê disso tudo.
Ficamos como em uma mágoa de duas crianças: "Se você não falar comigo, eu não vou falar com você."
Eu me escondia atrás de acordes de violão quando precisava do meu melhor amigo, mas fora inútil porque elas não poderiam me envolver num abraço.
Eu só precisava do meu melhor amigo para desabafar.
Eu só precisava que o meu melhor amigo ocupasse o lugar que sempre foi dele, mas quando eu te buscava, você não estava lá.
Pensava que você não precisava mais de mim, afinal você tem muitos amigos que te amam assim como eu, mas você é indispensável para mim. Você é o meu melhor amigo e isso não vai mudar.
A culpa não é de ninguém.
Nada aconteceu, apenas o silêncio tomou conta.
Mas se o silêncio faz parte disso, talvez eu tenha uma parcela de culpa por ter me calado, me afastado quando achava que era melhor, creio que soubesse que eu não estava muito bem.
Talvez eu tenha que te pedir desculpas pela falta de companheirismo.
Talvez a culpa seja do companheirismo.

Nossa amizade pode até ser de lua, mas ninguém vai conseguir mudá-la (ou não)





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

copy of anybody

Você pensa que eu sou uma cópia perfeita dela.
Tudo o que ela gosta, eu tenho que gostar.
Me olho no espelho e vejo o reflexo dela.
Mas derrepente...
Eu balanço minha cabeça, jogo os meus cabelos e sinto que essa sim,
essa sim sou eu.
Nenhuma marca tão forte, apenas um rosto liso, meio sorriso e duas grandes esmeraldas.
Uma boca sem brilho e uma pinta para acompanhar.
Me sinto bem sendo eu mesma.
Me sinto bem tentando agradar ninguém.
Me sinto bem com o meu silêncio.
Nesses últimos dias admito que senti inveja por não ser ela, mas vi que isso não era ser eu.
Eu simplesmente existi.
Esqueci tudo o que queria dizer.
Me engasguei, mas depois passou.
Eu não quero ser você. Eu quero apenas balançar minha cabeça, jogar meus cabelos e olhar o meu reflexo pelo espelho.
Somente essa vez.
Somente mais uma vez.