segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

arthur

Eu não sei o que aconteceu entre nós.
Parece que precisamos ficar um tempo a sós.
A sós com nós mesmos.
Surgiu um silêncio contínuo.
Surgiu o medo de te perder.
Talvez tudo tenha caído na rotina, mas até agora eu ainda não consegui entender tamanha distância que nos escolheu recentemente.
Eu pensava que a culpa fosse minha por "sei lá o que", até porque você não me buscava mais e eu tinha medo disso, mas nem você sabia o porquê disso tudo.
Ficamos como em uma mágoa de duas crianças: "Se você não falar comigo, eu não vou falar com você."
Eu me escondia atrás de acordes de violão quando precisava do meu melhor amigo, mas fora inútil porque elas não poderiam me envolver num abraço.
Eu só precisava do meu melhor amigo para desabafar.
Eu só precisava que o meu melhor amigo ocupasse o lugar que sempre foi dele, mas quando eu te buscava, você não estava lá.
Pensava que você não precisava mais de mim, afinal você tem muitos amigos que te amam assim como eu, mas você é indispensável para mim. Você é o meu melhor amigo e isso não vai mudar.
A culpa não é de ninguém.
Nada aconteceu, apenas o silêncio tomou conta.
Mas se o silêncio faz parte disso, talvez eu tenha uma parcela de culpa por ter me calado, me afastado quando achava que era melhor, creio que soubesse que eu não estava muito bem.
Talvez eu tenha que te pedir desculpas pela falta de companheirismo.
Talvez a culpa seja do companheirismo.

Nossa amizade pode até ser de lua, mas ninguém vai conseguir mudá-la (ou não)





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