domingo, 20 de dezembro de 2009

My favorite puzzle, my only hobby.

Aos poucos vou lhe encontrando e o jogo está ficando cada vez mais interessante.
Eu disse que não queria mais brincar, como aquelas crianças que não gostam de perder, mas estou fixada a você e como essas crianças, um dia eu poderei ganhar pela insistência, ou não.
Realmente eu pareço uma criança quando ganha um jogo novo e eu gostei do meu quebra-cabeça.
Eu estou juntando as suas partes ininterruptamente e você nem sabe disso.

A sua imagem ...

O seu sorriso ...

Suas brincadeiras ...

Seus conselhos ...

A sua voz ...

Repare, o meu quebra-cabeça está quase todo montado, só falta reunir isso tudo e adicionar sentimento a um simples brinquedo sem vida.
Muitos me dizem que é para eu esquecer, muitos outros dizem que você é meu e que no fundo gosta de mim e não há distância suficiente que nos separe, pois meu pensamento está em você e involuntariamente o seu pensamento passeia por mim.
Na verdade eu não sei o que ou quem você é, mas existem momentos que eu queria que você não existisse, mas existem muitos outros que eu abro um sorriso estonteante somente pelo fato da sua existência.

Menina boba! Por que ainda se apaixona?!

Sou de lua, mas na verdade quem não é?!

Você possui um ar misterioso, como um eclipse inesperado que todos se viram para o céu somente para admirar o momento, às vezes pode ser um momento único que se prolonga por algum tempo e que só ocorrerá novamente em anos, décadas ou quem sabe nunca mais irá ocorrer momento como aquele e a comparação se faz justa, afinal você é único.
Suas cores me atraem mais que a Aurora Boreal e isso me faz lembrar que tenho uma aquarela em mãos e se pudesse encheria minha vida de cor e não deixaria a aquarela perder suas cores.
Seu sorriso me provoca delírios e eu nem sei quem você é de verdade, mas você existe e isso basta.
Pena que isso tudo faça parte de uma grande ilusão. Já não monto mais quebra-cabeças desde os tempos de menina, mas parece que ele resolveu voltar. Creio que seja tarde para tal complô amoroso contra mim, agora não faço nada impensado, isso não é amar, eu sei; mas a dor de um amor é muito maior que a alegria de ter alguém que você ama.
Ultimamente não tenho me importado com o sentimento, mas sim com o meu sorriso quando eu sei que você está ali, tudo se renova, o ar fica mais puro, meu semblante fica mais feliz.
Eu não deveria estar falando isso, mas você é um jogo viciante e eu não quero largar.
Está sendo pior que muitas drogas ilícitas que te domam como um todo e acabam com a sua vida.
Você é a minha droga e eu odeio admitir isso.

Por: Anne Caroline

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

I didn't find a sad name enough

Sentada à mesa da cozinha vejo duas rosas morrendo, talvez eu esteja me sentindo como elas.
Antes exibia beleza e fervor como elas ao desabrochar, hoje suas pétalas secas refletem meu estado interior, talvez eu esteja realmente secando e somente minhas lágrimas me regam, mas nem elas são suficientes para me manterem viva.
Meus sentimentos podem ser expressos por aquelas duas simples flores, agora quase mortas. Uma é branca, a outra é rosa, ambas significam para mim o amor e a paz que não tenho se degradando a cada dia, até que alguém os joguem no lixo, assim como será feito com as duas rosas.
Acho que minhas lágrimas já molharam muito o caderno em que escrevo e creio que não será a última vez, mas hoje eu só tenho medo de que essas lágrimas se transformem em sangue sem cessar.
Eu já não suporto mais e prezo para que essa história termine bem, senão eu serei a vítima como sempre e depois que acontecer não há volta.
Eu só lhes direi caros leitores que lhes amo e isso será o fim do meu sofrimento.

Por: Anne Caroline

"Como uma ideia que existe na cabeça e não, tem a menor obrigação de acontecer."

- Prazer, meu nome é Liberdade!
- Prazer Senhora Liberdade, como está?
- Eu estou sempre bem minha querida, você que parece não muito bem.
- Nossa, além de um nome muito curioso, a senhora também tem poderes?
- Ah minha querida, quem me dera. Eu apenas tenho um conhecimento muito vasto e sei as mazelas que a vida nos traz, e não é difícil percebê-las em sua vida, estão bem visíveis.
- Bem, a Senhora acertou do mesmo jeito, não pareço muito bem e realmente não estou. Senhora diga-me o significado de seu nome, ele intrigou-me.
- Existem muitas definições para meu nome, uma das que eu mais gosto é esta: "Faculdade natural das pessoas para fazer algo ou não, ou para pensar em como fazê-lo."
- Definição muito interessante, mas não me satisfaz, diga-me outra já que existem tantas ...
- Não me chame de vidente ou algo do gênero, posso muito bem estar enganada, mas acho que a definição que mais lhe cabe é esta: "Confiança ou familiaridade". Estou certa?!
- Impressionou-me, está corretíssima!
- Ouvindo quem realmente sou e aplicando um dos meus significados à sua vida, achas que tem liberdade?
- Posso estar errada, mas acho que não, EU NÃO TENHO LIBERDADE. Não me entendas mal, não me equiparo a um preso em uma cela de cadeia ou aos escravos antes da Lei Áurea, sou presa por mim mesma sendo limitada pelos que me circundam. Eles não me dão liberdade, com isso não encho-me de vida e estou cada vez murchando mais, como a senhora mesmo pode ver.
- Até lhe entendo menina, mas estes que te limitam não querem o seu bem?
- Eles pensam me fazer bem, mas a cada dia se faz mais difícil a convivência entre eles. Querer o bem Senhora Liberdade, nunca significou limitar o indivíduo a crescer e, eu me sinto assim.
- Já tentou conversar sobre isso?!
- Tantas vezes já comecei a falar, mas estou sufocada com desculpas, imposições. Nem liberdade de falar o que penso eles me concedem, creio que o ufanismo deles não os deixam ver o outro crescer e ser feliz por conta própria.
Cúmulo! Nem liberdade de expressão se tem.
- Difícil situação minha menina, eu sempre estou lhe rondando, mas sinto a resistência daqueles que lhe circundam, com isso não posso me fazer presente.
- Eu percebo Srª. Liberdade, como a sua definição que mais me cabe, com eles não há confiança e nem familiaridade. Parecem não confiar em mim e para que eu não perceba isso, colocam a culpa em um meio circundante, cheio de perigos e fantasia que até mesmo eles estão sujeitos a riscos e não percebem, parecem pensar que eu NÃO penso. Rélis mortais!
- Ah minha pequena menina, grande mulher! Por isso seus pensamentos tão sórdidos, essa tristeza complementar. Pobre menina singular.
- Me sinto desolada, desamparada, não encontrei alguém que possa entender minhas angústias, por isso prefiro calar-me e escrever, ao menos assim me sinto mais aliviada, mas não de todo; existem olhos por todos os lados, essa conversa entre nós Srª Liberdade será corrompida pela curiosidade alheia, que passará os olhos por estas palavras e ao menos por um momento se constrangerá de ler as coisas alheias sem permição.
- Ah menina! Agora compreendo de todo a sua dor, e por ser tão forte assim eu lhe prometo estar sempre por perto e lhe direi como me encontrar. Quando estiver mais sufocada e impune aos outros grite em silêncio por mim e eu estarei com você para lhe libertar das amarras que lhe são impostas. Sonhe, sonhe alto, alce voo entre lugares que nunca andou e tenha certeza que eu lhe acompanharei por direito e mais que isso, por merecimento e consciência da tua liberdade.

Por: Anne Caroline