segunda-feira, 29 de setembro de 2014




Hoje eu acordei assim. Não odiosa por ser segunda, mas cheia de segundas lembranças que me laçaram ao peito e me tiraram o meio sorriso que venho cultivando. Um cultivo descabido de perguntas e exclamações. Lágrima que escorria de um olho só e mais lembranças. Más lembranças. Sou os quatro cantos desse quadrinho e o caminho quadrado que comentei no texto de ontem. Eu odeio imaginar. Eu odeio de verdade. Já não sinto raiva. Só sinto dor mesmo - porque veio do amor. Ao imaginar e projetar o que ocorrera. É bom desabafar pra sair de vez, já engoli meu orgulho de novo e quase de uma só vez. Senti descer rasgando, mas foi num só shot. E agora venho tentando conviver com a lembrança que vez em quando aparece e a imaginação de cada frame, mesmo não tendo participado da cena. Temi um filme maior em tempo e proporções. Previ estragos. Li entusiasmos. Senti-me só por ter sido esquecida. Senti angústia por toda a impulsividade, mas deve ser só porque contenho a minha. Quase sempre vivi de cálculos e o que era espontâneo somente acontecia, sem prejudicar. Fui procurar ajuda na psicologia, li Edwin Guthrie, "Se o rato faz uma visita ao saco de grãos, podemos ter certeza que ele voltará." Desisti. É dúbio, daí surtei e tranquilizei. A psiquê humana é absurda. Não devo ter nascido pra me relacionar. Deixa eu voltar pra minha segunda e ver se ela acaba melhor.

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