terça-feira, 21 de outubro de 2014

Laura

"L'amore è come la pioggerella d'autunno: cade piano ma fa straripare i fiume."

Lembro de meus dois últimos anos de fundamental com você. Lembro também de lhe ter conhecido antes, por amigos, por gincanas, pelos treinos de handball, onde éramos as únicas esmirradas no meio de gigantes. Lembro do nosso porta retratos e nossa foto impressa. Do ACL e do coração na árvore do colégio. Da nossa formatura. Das decepções amorosas conjuntas. De como você se irritava fácil com aquelas meninas... também pudera. Lembro também da parte que tivemos de nos separar. E essa eu admito, é a que eu menos gosto de lembrar.

Só nós sabemos o tamanho e a importância das coisas as quais passamos juntas. Rindo e chorando. Tendo uma a outra quando se achava que não podia se confiar em mais ninguém. As minhas lágrimas falam agora mais do que eu. Não nos vemos há tanto tempo. A saudade aperta o peito. E você se vai, de novo, apertando o meu. Tinha que ser tão longe?!

Tantos episódios me marcaram com você, mas ano passado teve um que demonstra o nosso apreço contínuo uma pela felicidade da outra, mesmo de longe. Foi quando eu comecei a namorar. Quando eu finalmente concentrei minhas forças num só relacionamento, mesmo morrendo de medo de que não desse certo por evidências passadas. Só nós sabemos o quanto isso já doeu pra Anne e pra Laura. Você ficou tão radiante por mim, quanto eu estava, mesmo não sabendo muito bem onde eu estava me metendo. Eu excluí todas as minhas fotos acompanhadas, não lembro exatamente das palavras que você usou, mas consegui senti amor e positividade de longe. E eu fiquei tão feliz por você poder participar daquele momento da minha vida... Eu sou tão grata por isso, você nem tem ideia do quanto. Eu sou grata pela tua vida e felicidade, pela pessoa que você aprende a ser a cada dia e por tudo que já vivemos juntas. Ainda espero mais coisas pela frente.

Agora é a minha vez de ficar alegre per e con te. Acho que nunca esperamos muita coisa de relacionamentos, ou sempre esperávamos demais e nada acontecia. Quando comecei a caminhar mais sozinha fui entendendo um pouco mais das coisas, acho que você também.
As coisas aconteceram de uma forma tão mágica pra você, que é difícil de acreditar. Mas eu sou imensamente feliz pela forma que elas estão acontecendo e quero que aconteçam muitas outras. Laura, você não sabe o quão apertado o meu coração está por não ter conseguido lhe ver. Choro toda a vez que penso nisso (faço isso agora, inclusive), mas ele relaxa mais um pouco de saber que você está feliz e buscando mais felicidade, bem como bons propósitos. E a felicidade aumenta em pensar que tem alguém que realmente parece lhe amar muito esperando num país que parece uma bota. Por isso, eu peço que calce esse seu futuro e percorra muitas milhas. Se cansar, descanse. Se não adiantar, tire as botas e corra descalça mesmo, pra onde você sabe que sempre vai ter amor. Aqui.

Pra todos os momentos, felizes ou não, eu vou estar com você. Longe fisicamente, mas perto de mente e coração. Felicidades e coragem nessa nova caminhada. Te amo. Muito.



“Amate, amate, tutto il resto è nulla.”

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