segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O ano de Anne

Foi um grande ano! Obrigado a todos que fizeram parte dele. Dizia o facebook com seu post de fim de ano e chuva de sorrisos de amigos próximos ou não amigos. Resolvi dar uma olhada no que os outros veriam do meu ano, o que estava estampado em fotos, pois eu já sabia bem o que ele se transduzira. Quis também ver pra mentir um ano bom pra mim. Muitas fotos foram apagadas e o meu ano não se resumira naquilo. E tem coisas, além de fotos, as quais eu não pude apagar.
Meu Natal acabou antes mesmo de ser Natal. E meu ano, o mesmo. Comecei a acreditar que inferno astral é algo que realmente existe, só que tecnicamente, o meu esqueceu de quando devia ir embora. Talvez, desde 2012. 
Ontem eu tive de gritar porque me cansei de ouvir berros só de um lado. Gritei pra ver se me ouvia, me sentia. Eu também tenho voz. Era véspera de Natal. A noite passou e só parecia mais uma qualquer, sem valor especial e nevava tristeza. Consigo disfarçar bem. Calar. Dizer que está tudo bem, quando em verdade, não está. Eu sou essa mente instante dentro de um corpo ferido, fisiologicamente afetado. Enquanto for ruim pra você me ouvir por ser desagradável a você, eu vou engolir, ferir e ressentir mais. Vou voltar inúmeras vezes quando o momento for inoportuno, justamente por não conseguir aguentar esses pensamentos dentro de mim e fazer sangrar. O ano não acabou pra muita gente, mas pra mim era melhor ele nem ter existido. Queria firmar os punhos, me trancafiar num canto escuro e poder voltar. Não faria sentido pra mim, mas talvez fizesse pra você. Ou não, talvez o querer fosse tão grande que faria tudo de novo e só se arrependeria quando me visse. Talvez eu tivesse de ter errado também.

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