terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Desculpa, mas é que me bateu um medo grande...

Hoje me bateu um medo grande. Daqueles que embargam a voz, pesam o caminhar e até gelam a alma. Não fora por um momento ruim. Era feliz. Mas eu senti uma distância desde que saímos de casa, desde que você lembrou de um dia ruim. Tinha olhos profundos, mas perdidos e me pediu um abraço. Eu não sei nomear esse dia, mas teve algo de catártico na minha vida. Algo de purificação da alma por meio do emocional. Uma experiência de quase-morte, quase literalmente, pelo peso nos braços, pelos sintomas físicos e constante perda de peso ou pelos pensamentos pouco vívidos. É uma catarse circulante. Pelo corpo, pela mente, pelo coração e pela alma. Não sei se o caminho é necessariamente este, mas deve ser por aí. Eu tive medo dos nossos destinos, dos nossos planos de antes prum amanhã-hoje já desigual. Também tive esse medo no final de semana. Parecia ser um imprinting. Parecia dali que nosso futuro juntos seria curto. Cada um pro seu lado por conta dos sonhos e de sentimentos mutados. Eu pude ver a sua dúvida, seu pensar e até algum traço de decepção. Não tem sido muito diferente do agora. É que meu lado já não tem muito significado e só deve ter daqui há um tempo. O meu medo é de que quando eu encontrá-lo novamente se faça catarse e chova. Meu caminho é o do cuidar. Acho que sou builder demais pra um explorer/negotiator. E disso? Eu sempre tive medo. E por isso? Eu sempre lhe disse que o seu futuro seria com uma pessoa diferente de mim e mais parecida com você em determinados quesitos. E lá no fundo, isso sempre me doeu - sem você perceber, claro.




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