quarta-feira, 1 de setembro de 2010

31/08

E eu me tranquei para ver se passava essa dor, mas não adiantou.
Surgiram lágrimas necessárias que escorriam incessantemente. Não liguei, pois há tempos não chorava e elas poderiam me fazer bem.
O nó.
Persistente nó de dor que teima em não desatar. Eu não sei escrever.
Está tudo aqui dentro de mim e eu não sei como continuar, nem a brisa do vento consegue amenizar.
Eu não sei o que falar, apenas sinto uma enorme angústia dentro de mim e nem posso descartá-la, pois a mesma me lembra você e tu não eres descartável.
Ai, está tudo tão confuso por aqui. (E as lágrimas seguem seu curso, desenhando num papel)
Eu já não me importava em viver, fazia-se normal. Eu só seguia.
Algo mudou.
O seu abraço mudou.
Deu-me vontade de sentir tudo de novo e respirar mais uma vez. Tive vontade de viver. De respirar. Sim, de respirar mais uma vez para sentir as respirações afagadas e compassadas pelo silêncio. Fazer da tua a minha.
Eu nunca quis tanto ver alguém viver. Prezo mais a tua vida que a minha. Busco lhe compreender mais do que a mim. Amei-te mais que a mim.
O que eu sei de mim?
Nada sei.
Só tenho vontade de fugir.
Sim, os 17 já não me caem bem. Horas com ele e eu só queria ser o feto de “31 de Agosto de 1993” às 10h30min da manhã, 20 minutos antes de nascer. Minutos contam muito.
Pouco foi dito aqui. Muito ainda está em mim.
Todas as lágrimas que caíram no papel já secaram, menos a primeira.
Indago-me: Ainda há esperança? (Ela não quer secar)
Talvez tenham razão enquanto ao cordão. Seria ele uma mensagem subliminar?
Poderia ser...

P.s: Isto é apenas um desabafo de uma alma desandada, por isso não vejo necessidade uma ordem de pensamentos e pontuações nos seus devidos lugares. Tudo está como em minha mente, confuso.

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