quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pé de vento

Eu desenhei teu rosto num papel,
fiz careta pra Maquiavel.
Andei na rua sem sapato,
somente para sentir o asfalto.
Tropecei em muitas ruas e
pensei em silhuetas nuas.

Então...
Corri para o meu além,
afim de encontrar meu bem.
Chegando lá nada encontrei.
Somente vi um Rei.
Cumprimentou-me e nada falei,
porque para mim não existe rei.

O mesmo disse que leu meu pensamento.
Ri e dancei com o tocar do vento.
Perguntou-me agora se eu estava biruta.
Como pode alguém me achar maluca?

Disse então que eu não acreditava nem
em reis, nem heróis.
O mesmo então, calou a voz.

"Meus heróis morreram de overdose." (Cazuza)
Você no mínimo morrerá de verminose.

Pergunto agora cadê meu bem e o
mesmo diz que o fez refém.
Refém de minh'alma e do meu egoísmo.
Jogaste o mesmo no Meu habismo.

E agora que não tem volta?
Mas quem disse que não tem?
Bata a tua porta e apresente-se outra vez.

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