sábado, 1 de junho de 2013

Med ensina

Med ensina que nada é fácil;
Que nem tudo é seu;
Que há espera;
E há dor.
Ensina também que o pranto vem, mas vai.
Assim como o tempo se esvai.
Med cansa.
Mendicância.

Que nem tudo o que você viu nos livros se aplica.
Que a vida se replica, mesmo finita.
E que ambas são feitas de amor.

Que vocação existe.
Que tem gente que só assiste,
E tem também os que persistem.

Que não adianta fugir do dom,
aumentar o tom,
chorar calado,
e até mesmo tentar esquecer.

Eis que surge a pergunta:
Por que enlouquecer se podes enobrecer?

Vá ao espelho.
Veja teus olhos.
Veja que eles não vivem só de razão.
Que seu coração também possui uma população de neurônios.
Talvez seja melhor pensar com eles.

Abrace a vontade.
Reverencie a vida,
dance com ela.
E sorria.
Alegria também é remédio.
Só ria.

És um artesão do caminho,
mas não estás sozinho.
Por isso, aprenda a ver o outro.
Respeite-o.
Apalpe-o.
Sinta-o.
Seja humano.
Tenha compaixão e faças por paixão.

Use a chama.
Persevere.
Clame.
Chame a Med,
que ela ensina.

"- E então medicina, me ensina?"

P.S: Talvez ensine por ser a tua sina, menina.







5 comentários:

  1. "Vá ao espelho.
    Veja teus olhos.
    Veja que eles não vivem só de razão.
    Que seu coração também possui uma população de neurônios.
    Talvez seja melhor pensar com eles."

    Simplesmente disse tudo, sem mais nada pra comentar. Parabéns, excelente poema!

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