sábado, 30 de abril de 2011

viva o burguês

Eu só vi que o mundo não era mundo quando nem tempo para ler um artigo de jornal eu tive. Era proletário.
Apenas chamadas e manchetes estanques numa rua qualquer.
Banca de jornal.
Jornal de banca.
Jornal que banca.
Manchetes grafadas em cor negra, que em muitas vezes se faziam conflituosas com o grande furor do vermelho em sangue dos proclames.
Sangue de negros.
Negros de sangue.
Torna-se redundante e pensante. Mais o primeiro do que o segundo reclame.
Parei no mundo.
Em verdade, queria pará-lo. Não foi possível.
Macacos não tem capacidade de raciocínio lógico.
Há um retrocesso científico, mas ninguém alega nos jornais. Homens macacos. Macacos que dançam.
Trotes, galopes e por fim: a valsa vienense (ou qualquer outra merda).
Todo mundo tem mania de xadrez, mas animais não jogam e nem se travestem.
Abraços e sorrisos da monarquia parlamentar são todos compassados em falsos versos.
O camponês que ainda vive na idade média, ri.
O renascentista de hoje também.
Movimento econômico, anacrônico.
O ser humano se perde em listras.
É um ser quadrado usando mais de um.
É a Coroa.

Um comentário:

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